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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sonhos Perdidos


Sonhos Perdidos
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Pra que se ter formatura
Estudar para vencer
Se hoje o que a gente ver
É um mundo de amargura
A violência à tortura
E o os jovens pervertidos
Os fanqueiros aplaudidos
Por platéia viciada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Jovens morrendo de graça
Pelo craque viciados
Os conceitos desviados
Com preconceito de raça
Dependentes da fumaça
Baseados consumidos
Policiais envolvidos
A família derrotada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Juventude sem ter rumo
Desvairada e iludida
Vítimas de balas perdida
Dependentes do consumo
Entre o álcool e o fumo
Eles estão envolvidos
De caracteres desprovidos
Ver-se muito na balada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Muita inversão de valores
Com adeptos da violência
Com o sexo em evidência
Em todos os projetores
Desprezo aos conservadores
Pelos os atos cometidos
Conselhos não são ouvidos
Vergonha banalizada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Pra que se ter bom emprego
E guardar muito dinheiro
Porque tem o maloqueiro
Pra nos tirar o sossego
Da vida não tem apego
Seus pais são prostituídos
Seus lares são destruídos
Nem se que tem uma morada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Sonhei muito com o futuro
Hoje o presente me basta
A corrupção devasta
O meu sonho prematuro
Sinto que não estou seguro
Os sistemas corrompidos
Os comandos divididos
E a Pátria sem ser amada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Sei que a tecnologia
Trouxe-nos grandes avanços
Mordomias e descansos
Pra viver no dia a dia
Através da energia
Projetos evoluídos
Mas aumentou os bandidos
Assaltando a mão armada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

A medicina tem feito
Até ressuscitação
Transplante do coração
Que bate dentro do peito
Mas acabou-se o respeito
E o amor aos desvalidos
Valores são invertidos
Honras trocadas por nada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Um mundo de ilusões
Onde a vaidade impera
Estamos vivendo uma era
De grandes transformações
Assistindo as mutações
Dos seres evoluídos
O domínio dos bandidos
Diante da lei forjada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos

Ficam aqui os meus protestos
De quem quer matar a sede
E poder deitar na rede 
Dos mais simples e modestos
Nós somos parte dos restos
Que permanecem excluídos
 Somos desfavorecidos
De uma elite organizada
Pra que uma rede armada
Com tantos sonhos perdidos 

****

AUTOR: DAVI CALISTO NETO.
Postado por: //Anizio.Ds em 23/04/2014

Sepulclo da Saudade


Sepulcro da Saudade
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Ao entrar certa vez no cemitério
Sobre mim recaiu a solidão 
Entre os túmulos deixei que a emoção
Dominasse em mim esse mistério 
Num silêncio esquisito e funério
Eu tentei recordar o rosto seu
Ao lembrar o que tudo aconteceu
No meu peito eu senti ansiedade
Fui chorar no sepulcro da saudade 
Pela última esperança que morreu

A saudade pra mim não é mistéro 
Quem amou sabe bem isto entender
Pois a vida não é feita de lazer
Pois o tempo tem todo esse critério
O viver nesta vida é caso sério
Sabe bem quem gosou ou já sofreu
Se foi moço ou se já envelheceu
Ou se vive em plena mocidade
Fui chorar no sepuclo da saudade
Pela ultima esperança que morreu.

Não devemos sofrer antecipados 
Pois a vida nos trás uma esperança 
Que lutando na vida agente alcança 
De degrau, em degrau, os resultados. 
Quando jovens nós somos interrogados 
Por alguém que na vida já viveu
As mazelas que ele já sofreu
É quem faz o lembrar da mocidade
Fui chorar no sepulcro da saudade 
Pela última esperança que morreu 

Nesse mundo onde impera a violência 
Onde o fraco é tratado como bicho
Cada rico cultiva o seu capricho 
E do próximo jamais sente clemência 
Ao viver no glamour e na decência 
Esquece-se do homem que é plebeu
A história que ele reviveu
Para ele só resta à vaidade
Fui chorar no sepulcro da saudade 
Pela última esperança que morreu 

Numa lápide gelada eu me sentei
E pensando eu voei pra o infinito 
Os meus olhos a ler em cada escrito 
Muitas lágrimas ali eu derramei 
Um passado de glória que eu sonhei
De um alguém que ali apodreceu
Nessa cena só estava ela e eu 
E só eu é quem tinha liberdade
Fui chorar no sepulcro da saudade 
Pela última esperança que morreu 

Muitos restos de ossos apodrecidos
Que a terra já tinha decomposto 
Muitas fotos mostrando em cada rosto 
Os semblantes que foram esquecidos 
Os que ali se encontravam adormecidos 
Por alguém que com os anos o esqueceu
Só a data que ele faleceu
Sem gozar o vigor da mocidade 
Fui chorar no sepulcro da saudade 
Pela última esperança que morreu
 ****
Autor: Davi Calisto Neto.
Postado por: //Anizio.Ds em 23/04/2014